Cirurgias Minimamente Invasivas

 

O que é uma Cirurgia Minimamente Invasiva?

A cirurgia minimamente invasiva tem como objetivo a máxima preservação da anatomia com a mínima agressão ao organismo, mas suficiente para realização da cirurgia proposta, respeitando os princípios da cirurgia oncológica convencional.

Antigamente, uma cirurgia poderia significar dias de internação, complicações pós-cirúrgicas, semanas ou meses de recuperação. Nas últimas décadas, foram feitos grandes esforços para melhorar a previsibilidade de uma cirurgia e diminuir suas chances de complicações. Talvez o maior desses passos tenha sido a cirurgia por vídeo. Ou seja, operar o paciente através de pequenos orifícios, observando o que se passa dentro do corpo, através da imagem captada por câmera e transmitida para um monitor.

Com isso, o cirurgião passou a operar sem fixar os olhos diretamente no paciente, mas na tela do monitor. Enquanto um auxiliar ou mesmo um robô se ocupa de movimentar a câmara, filmando a operação, o cirurgião manipula seus instrumentos que entram no corpo do paciente por meio de mínimos cortes. Às vezes até tão pequenos, que nem precisam ser fechados com pontos.

Dois dos métodos mais avançados de cirurgia minimamente invasivas são por videolaparoscopia e por robótica.

 

Como é feita uma Cirurgia por Videolaparoscopia?

A laparoscopia pode ser uma cirurgia exploratória, quando serve como exame de diagnóstico ou biópsia ou uma técnica cirúrgica para tratar alguma doença, como remover um tumor de algum órgão.

A cirurgia por laparoscopia é realizada com pequenos orifícios, o que diminui bastante o tempo e a dor da recuperação no hospital e em casa e, sendo indicada para muitas cirurgias, como cirurgia bariátrica ou remoção da vesícula e apêndice e, ultimamente, sendo método validado de extremo valor no tratamento das lesões neoplásicas benignas e malignas, permitindo a realização de cirurgias de grande porte, como esofagectomias, gastroduodenopancreatectomias, pancreatectomiascorpocaudais, gastrectomias, hepatectomias e esplenectomias, por exemplo.

Dependendo do objetivo da cirurgia, o médico irá realizar de 3 a 6 orifícios na região abdominal ou torácica, por onde entrará uma câmera com uma fonte de luz para observar o interior do organismo e introduzir os instrumentos necessários para cortar e remover o órgão ou alguma parte afetada, deixando cicatrizes muito pequenas com cerca de 1,5 cm.

O médico conseguirá observar a área interna através de uma pequena câmera que entra no organismo e vai gerar a imagem no computador. É essa a técnica conhecida por videolaparoscopia.

 

O que é a Cirurgia Robótica?

A cirurgia robótica é um tipo de procedimento minimamente invasivo, ou seja, com pequenos cortes. Geralmente é utilizada para procedimentos cirúrgicos que requerem dissecção precisa e em espaços restritos. O principal diferencial é a precisão oferecida pela técnica. A tecnologia trouxe mais delicadeza, liberdade de movimentos e visualização em 3D a casos que já eram realizados pela laparoscopia e até alguns casos em que este tipo de procedimento ainda não era possível. Nela, o médico fica sentado ao lado do paciente, operando com um joystick e manipulando as articulações do computador, o robô.

O robô não faz nada sozinho. Qualquer movimento realizado por ele foi feito pelo cirurgião no console. No entanto, diante de ações imprevistas pelo cirurgião, a tecnologia robótica aciona um comando de segurança que trava provisoriamente a máquina, evitando danos ao paciente. Se o médico tirar o rosto da tela de controle, por exemplo, o robô também para automaticamente.

 

As aplicações das cirurgias minimamente invasivas

São muitas as aplicações dos métodos minimamente invasivos de cirurgia. As mais comuns estão ligadas às cirurgias do aparelho digestivo como pâncreas, esôfago, estômago, duodeno, fígado, baço, retroperitônio, especialmente para os casos oncológicos que acometem os órgãos dessas regiões.

Porém, os métodos minimamente invasivos têm sido usados amplamente por outras especialidades cirúrgicas como a urologia, a ginecologia, a dermatologia etc.

 

As vantagens das técnicas minimamente invasivas:

• Menor tempo de internação do paciente;
• Retorno mais rápido às atividades rotineiras;
• Introdução de tratamento adjuvante pós operatório mais precocemente - quimioterapia, imunoterapia;
• Menor risco de infecção hospitalar;
• Redução da dose de medicamentos no pós-operatório;
• Realização de procedimentos de alta complexidade de modo mais simples, sem abrir o paciente;
• Alta tecnologia que permite visão tridimensional projetada no monitor, no caso da cirurgia robótica;
• Aumento de até 12 vezes o tamanho da imagem projetada;
• Pinças articuladas que permitem movimentos mais precisos que não são possíveis com instrumentos rígidos;
• Visualização em alta nitidez da área operada;
• Filtro de movimentos involuntários da mão, tirando possíveis tremores dos médicos;
• Apresenta resultados semelhantes ou superiores à cirurgia aberta, dependendo do procedimento;
• O pós-operatório apresenta nenhuma ou pouca dor, e incômodo reduzido para o paciente.